terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O Termo ECAFO significa

   

                                                   ECAFO
 O Termo ECAFO significa: Escola de Capacitação Antônio Frederico Ozanan.

Sua
missão é proporcionar aos membros da SSVP, em todos os níveis, uma formação espiritual permanente para podermos servir melhor, para que o objetivo da SSVP seja atingido; "amar e servir o cristo na pessoa dos necessitados. Temos dentre outros objetivos despertar lideranças, preparando-as para assumirem responsabilidades na SSVP.



http://www.ssvpcmbh.org.br/site/jdownloads/QUE%20É%20ECAFO.pdf

ECAFO NA REGRA DA SSVP

ECAFO NA REGRA DA SSVP

Artigo 131 - Os Conselhos Centrais deverão criar, organizar e manter uma Escola de Capacitação Antônio Frederico Ozanam – ECAFO, cujos programas versarão sobre a formação cristã, vocação vicentina e questões de Justiça Social.

Artigo 132 - Será incentivada a implantação da ECAFO nos Conselhos Particulares (Artigo 85, Parágrafo único), aplicando-se, no que couber, as normas deste Capítulo.

Artigo 133 - A estrutura da ECAFO será objeto de Instrução Normativa oficial do Conselho Nacional do Brasil, cabendo aos diversos Conselhos providenciar sua adaptação às condições peculiares de cada comunidade.
§ 1º. Os livros-textos adotados nos cursos serão publicados pelo Conselho Nacional do Brasil.

§ 2º. A forma de aplicação do conteúdo da ECAFO está contida no seu "Manual de Instrução", podendo, de acordo com cada região ser adaptada (formas diferentes de aplicação), porém, nunca descaracterizadas (mudança do conteúdo dos Módulos).

§ 3º. Ao ingressar em uma Conferência o Aspirante deverá participar do Módulo de Formação Básica da ECAFO, antes de ser proclamado (Artigo 13, Parágrafo único).

Artigo 134 - A ECAFO nos Conselhos Centrais e, quando possível, nos Conselhos Particulares, será constituída por:
I) um coordenador;
II) equipe de serviço; e
III) corpo docente.

Artigo 135 - A Coordenação Nacional da ECAFO será constituída pelo seu Coordenador e pelos Coordenadores Regionais.

Artigo 136 - Quando possível, e sempre respeitando o conteúdo, a estrutura e a espiitualidade vicentina, o Assessor Espiritual seja convidado a participar e colaborar na organização e realização dos cursos promovidos pela ECAFO.

Artigo 137 – O Coordenador da ECAFO participa da Diretoria do Conselho (Art. 95; 98; 102), com direito a voto.
Parágrafo único.Para ser nomeado Coordenador da ECAFO é preciso ser Associado (confrade ou consócia), com atividade vicentina ininterrupta de pelo menos:
I) 2 (dois) anos, para Conselhos Particulares ou Conselhos Centrais; e
II) 4 (quatro) anos, para Conselhos Metropolitanos ou Conselho Nacional do Brasil.
Artigo 138 - À Coordenação de ECAFO, dentre outros direitos e deveres, compete:
I) proporcionar formação católica e vicentina, orientando sobre a doutrina social da Igreja Católica e temas de atualidade e relevância da SSVP, que constarão nos módulos oficiais do Conselho Nacional do Brasil;

II) organizar cursos de alfabetização, cursos profissionalizantes, de formação bíblica ou outros de interesse regional, buscando sempre parceria com entidades particulares ou com o poder público, quando possível;

III) criar uma equipe de serviço e um corpo docente, para a Escola de Formação Permanente, encarregada da aplicação do "Manual de Instrução", se necessário adaptado às condições e peculiaridades locais e com formas criativas.

Artigo 139 -São atribuições do Coordenador da ECAFO:

I) oordenar, planejar e supervisionar as atividades;

II) efetuar e remeter ao Conselho a que estiver vinculado o Relatório Anual de Atividades;

III) manter o Conselho a que estiver vinculado informado sobre todos os trabalhos realizados, comparecendo às suas reuniões e apresentando relatório;

IV) estabelecer relacionamento cordial entre as Unidades Vicentinas de sua área de atuação, visitando-as com regularidade e dedicando atenção aos jovens engajados, procurando incentivar a inscrição e freqüência nos cursos de formação;

V) trabalhar em harmonia com o agir pastoral da Igreja Católica;

VI) criar meios para propiciar a formação à distância para os novos membros e para atualização dos confrades e consócias;
VI) efetuar reuniões mensais;

VII) fornecer, como estímulo, um certificado pela freqüência e conclusão, em cada módulo, na ECAFO.

Fonte :
http://www.ssvpcmbh.org.br/site/jdownloads/ECAFO%20NA%20REGRA%20DA%20SSVP.pdf

Capítulo IV – Das Escolas de Capacitação Antônio Frederico Ozanam ECAFO.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A importância das atas na SSVP

A importância das atas na SSVP
(*) Cfd. Renato Lima
Um dos setores mais importantes no seio da Sociedade de São Vicente de Paulo é a secretaria das Conferências e dos Conselhos. Na Regra, há vários artigos indicando as responsabilidades dos secretários, dentre elas há a confecção das atas para registros das reuniões ordinárias e extraordinárias, das assembléias e das Festas Regulamentares.
Uma ata bem elaborada, quer seja manuscrita ou digitada, precisa conter os seguintes elementos: precisão (efetivamente abordar o que ocorreu na reunião ou evento), abrangência (registrar todas as participações e falas dos vicentinos e convidados), poder de síntese (mencionar os atos de forma breve e resumida, sem comprometer a compreensão geral do texto), correção gramatical (texto sem erros de Português, nem na regência nem na concordância) e limpeza (redação limpa, clara, sem rasuras ou manchas, nem adendos à mão).
Se os secretários de Conferência seguirem estas diretrizes, suas atas serão sempre eficientes e, enquanto são lidas, prenderão a atenção de todos os presentes à reunião, especialmente dos aspirantes que acompanham, pela ata, o cotidiano da Sociedade de São Vicente de Paulo. A ata é a história da SSVP, e por isso deve ser tratada com carinho e zelo. A cada ano, os livros de atas devem ser adequadamente guardados nos arquivos das Conferências, e nenhum livro pode se perder. Vale lembrar que o Conselho Geral Internacional só agrega a Conferência que anexar sua ata de fundação; assim, a primeira ata de uma unidade vicentina deve ser muito bem redigida e, se possível, contar com a assessoria da Secretaria do Conselho Particular local.
Nas atas, deve-se prestar muita atenção na abertura, chamada de prólogo. Nela, devem ser grafados, repetidas vezes, a mesma redação. Vamos dar um exemplo de ata de Conferência: “Ata de número 1.274 da Conferência São João Bosco, vinculada ao Conselho Particular Nossa Senhora da Penha, Mercês, Curitiba-PR, fundada em 12 de outubro de 1973 e agregada à Sociedade de São Vicente de Paulo em 12 de março de 1977. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado!”. E a ata continua com as informações sobre o dia e local da reunião, com os nomes dos vicentinos que compareceram à mesma, e as demais partes da reunião.
Na ata de Conselho Particular, deve-se atentar para a o registro de que o referido CP é vinculado a algum Conselho Central, sendo necessário citar seu nome. Assim também deve ocorrer nos demais escalões. No relato dos Conselhos Centrais, por exemplo, a tendência é colocar tudo o que foi falado na reunião, o que pode deixar a ata extensa demais. Assim, deve-se registrar apenas os fatos mais relevantes de cada CP, deixando de mencionar eventos como missas das cinco intenções ou confraternizações com os assistidos, por serem notas dignas de registro em atas de Conselhos Particulares.
Meu recado aos secretários e secretárias de Conferências e de Conselhos: saibam que o trabalho de vocês é muito importante para a SSVP. Que maravilha é poder ler uma ata bem elaborada, sem erros de ortografia e com as informações relevantes para uma unidade vicentina! Que prazer é poder redigir uma boa ata. Parabéns a todos que se dedicam com esmero a este trabalho.
Iniciei-me na SSVP em 1986 e minha primeira função foi a de 2º Secretário da Conferência Santo Tomás de Aquino, em Campinas-SP, e desde então me entusiasmei com o labor da secretaria. Sempre procurei fazer o melhor, uma vez que o registro adequado dos fatos históricos é dever de qualquer secretário. Atualmente, sou 1º Secretário da Conferência São Francisco de Assis, e procuro redigir as atas com a mesma dedicação e ardor de quando ingressei na SSVP.
Se em sua região a confecção das atas não está dentro dos padrões de qualidade exigidos pela SSVP, peça ao coordenador da ECAFO que promova um curso prático para auxiliar os secretários. Vale a pena. Bom trabalho!
(*) Cfd. Renato Lima, 37 anos, é vicentino desde 1986. Preside o Conselho Central Divino Espírito Santo (Brasília-DF) e é coordenador da Agência de Notícias “Rede de Caridade” (www.rededecaridade.com.br).

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Oficina sobre a Santidade Vicentina



BEM-AVENTURADA MARIA POUSSEPIN (1653-1744)
Membro da Associação Internacional de Caridades
            Maria Poussepin nasceu a 14 de outubro de 1653, em Dourdain, França. Nesta cidade, em 1663, foi instituída a Confraria da Caridade (fundada por São Vicente de Paulo, em 1617, e hoje chamada Associação Internacional de Caridades – AIC), formada por um grupo de senhoras e jovens que tinham ideais comuns e se dedicavam ao serviço dos Pobres enfermos. Membro dessa Confraria, assim como sua mãe, Maria chegou a ser tesoureira e superiora da obra. Trabalhou sempre incansavelmente em favor dos Pobres, servindo-os nos dias determinados, visitando-os e levando-lhes alimentos e remédios.
             A família Poussepin se dedicava à fabricação artesanal de meias de seda. Com a morte de seus pais, Maria assumiu a direção e a total responsabilidade da pequena indústria. Atenta às mudanças econômicas e sociais da França, Maria se adaptou muito bem às novas circunstâncias. Sem hesitar, introduziu em sua fábrica um maquinário novo, importado da Inglaterra, e mudou sua produção de seda para lã. Com isso, Maria Poussepin, pioneira nesse tipo de empreendimento, transformou sua cidade, gerando empregos e dando-lhe condições de competir com outros pólos industriais. Como empresária, esforçou-se para “gerar emprego digno e promover a aspiração a uma sociedade mais justa e a uma convivência cidadã como bem-estar e em paz” (DA 404). Assim, pôde encaminhar a vida de muitas pessoas até então desempregadas, especialmente jovens de 16 a 20 anos, mostrando que não pode haver nenhum progresso social autêntico sem a devida atenção à pessoa humana e sem a conveniente capacitação dos mais jovens.
             Em Sainvilles, para onde se mudou no final de 1695, começou uma obra revolucionária: agrupando em torno de si mulheres desejosas de se consagrarem a Deus e aos Pobres, Maria estabeleceu as bases de sua Congregação, a das Irmãs de Caridade Dominicanas da Apresentação da Santíssima Virgem, no desejo de ser de Deus e entregar-se ao serviço da caridade. Faleceu com 90 anos, no dia 24 de janeiro de 1744, por todos aclamada como Apóstola da Caridade. Memória litúrgica: 20 de outubro.

BEM-AVENTURADO ANTÔNIO FREDERICO OZANAM (1813-1853)
Principal Fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo
            Antônio Frederico Ozanam nasceu a 23 de abril de 1813, na cidade de Milão, Itália. Em 1830, Ozanam dirigiu-se a Paris para estudar Direito na Sorbonne. Em 1831, com alguns amigos universitários, aderiu à Conferência de História, que então se realizava sob a orientação de Emmanuel Bailly e reunia vários jovens para discutirem assuntos de relevância. Ali, intelectuais e jovens universitários se reuniam para debater temas como literatura, história, política, pobreza e seus desafios, progresso das civilizações, etc.
             Em 1833, ainda estudante, Ozanam sentiu-se profundamente interpelado pela realidade de fome e miséria que o cercava. Sua consciência cristã não permitiu que ficasse alheio ao sofrimento dos Pobres que clamavam a Deus pedindo justiça. Numa das reuniões da Conferência de História, propuseram para a discussão o tema da fé atuante. Então um dos participantes fez sérias interpelações aos estudantes católicos que ali estavam, questionando-os sobre onde estariam os frutos da caridade que a religião deles pregava. Ozanam convocou, então, alguns amigos para fundarem uma Conferência de Caridade, com o objetivo de ajudar os Pobres e necessitados: “Quanto desejaria que todos os jovens de espírito e coração se unissem em torno de alguma obra de caridade, organizando-se em todo o país uma ampla e generosa associação para o alívio das classes populares” (Ozanam, carta a Ernesto Falconnet, 21 de julho de 1834). E assim começou o que hoje se conhece como Sociedade de São Vicente de Paulo. Era o dia 23 de abril de 1833.
             Inquietos para darem vazão ao seu espírito de caridade, esses jovens recorreram à Irmã Rosalie Rendu, dedicada Filha da Caridade que trabalhava num pobre bairro de Paris. Depois de muita conversa e de sábias instruções, Ozanam e seus amigos firmaram um compromisso: todas as terças-feiras ali iriam, logo após a reunião da Conferência, a fim de contribuir, através do trabalho voluntário e dos recursos financeiros, com as obras sociais das Filhas da Caridade.
             Por entre ruas e vielas, escadarias e cortiços, Ozanam e seus amigos visitavam, uma a uma, as casas dos Pobres, conversavam sobre a vida e os acontecimentos, informavam-se sobre a família, anotavam suas necessidades imediatas e, antes de sair, davam vales para fazerem compras no comércio local, alguma roupa, velas e lenha. Trocavam um aperto de mão, prometiam voltar e partiam felizes por tê-los escutado e, sobretudo, por ter-lhes levado algum sinal de esperança.
          Ozanam, de fato, queria reunir, para o socorro dos Pobres, todos aqueles que pretendiam um mundo mais solidário. Era essa sua solução para a sociedade e sua mais declarada obsessão: “Somos muito jovens para intervir na luta social. Ficaremos, então, inertes, em meio a um mundo que sofre e geme? Não! Um caminho está aberto para nós. Antes que possamos tratar do bem público, procuremos fazer o bem a alguns; antes de regenerar a França, poderemos aliviar o sofrimento de alguns de seus Pobres” (Ozanam, carta a Ernesto Falconnet, 21 de julho de 1834).
             No decurso de sua vida, Ozanam também se destacou por sua habilidade intelectual, o que lhe fez obter a licenciatura em Direito (1834) e em Letras (1835) e, logo depois, o duplo doutorado em Direito Romano e Direito Francês (1836). Tudo isso fez dele um dos mais importantes intelectuais jovens da França no século XIX.
           No dia 08 de setembro de 1853, a morte vem ao seu encontro, por problemas respiratórios. A caridade organizada e o desejo ardente do mundo novo não só tomaram conta de sua vida, mas também se irradiaram para todos os cantos do mundo, unindo homens e mulheres numa “grande rede de caridade”, amizade e misericórdia. Não é à toa que o Papa João Paulo II exclamou: “Frederico, a tua estrada tornou-se verdadeiramente estrada de santidade”. Sim, estrada de santidade leiga, de santidade batismal. Estrada para aqueles que não abrem mão de sua responsabilidade social e eclesial, para aqueles que sabem que podem contribuir para o mundo novo, para aqueles que fazem questão “de ser parte ativa e criativa na elaboração e execução de projetos pastorais a favor da comunidade” (DA 213) e de toda a humanidade.Estrada para todos aqueles que, no mundo e, particularmente, no ambiente em que vivem, desejam seguir Jesus no amor e na misericórdia efetiva. Memória Litúrgica: 09 de setembro.

INSPIRAÇÃO BÍBLICA
O bom Samaritano (Lc 10,25-37)
            Um doutor da Lei se levantou e, querendo experimentar Jesus, perguntou: “Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?” Jesus lhe disse: “Que está escrito na Lei? Como lês?” Ele respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com todo o teu entendimento; e teu próximo como a ti mesmo!” Jesus lhe disse: “Respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?” Jesus retomou: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o quase morto.  Por acaso, um sacerdote estava passando por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu, e moveu-se de compaixão.  Aproximou-se dele e tratou-lhe as feridas, derramando nelas óleo e vinho. Depois colocou-o em seu próprio animal e o levou a uma pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte, pegou dois denários e entregou-os ao dono da pensão, recomendando: “Toma conta dele! Quando eu voltar, pagarei o que tiveres gasto a mais”. E Jesus perguntou: “Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze tu a mesma coisa”.

LEITURA ESPIRITUAL
Trechos de uma carta do Bem-Aventurado Frederico Ozanam ao
Padre Pendola (19 de julho de 1853)

            Pois bem, Reverendíssimo Padre, tudo quanto fizestes por minha pequena família e por mim sensibilizou-me menos que a promessa que me fizestes em relação à Sociedade de São Vicente de Paulo. Esta querida Sociedade é também minha família. Foi ela, depois de Deus, que me manteve na fé  quando deixei meus bons e piedosos pais. Amo-a, portanto, e a ela me apego pelos laços mais íntimos do coração. Quão feliz eu me senti ao contemplar a boa semente germinando e prosperando nessa terra da Toscana. E maior foi o meu prazer ao vê-la espalhar tanto bem, sustentando na virtude tão grande número de jovens e inflamando em alguns tão admirável zelo.
             Uma útil lição para fortificar os corações amolecidos dos jovens é pôr-lhes diante dos olhos o espetáculo da pobreza, mostrar-lhes o Cristo, não somente nas imagens pintadas pelos grandes mestres ou sobre os altares resplandecentes de ouro e de luzes, mas nas suas chagas, na pessoa dos Pobres! Muitas vezes falamos sobre a fraqueza, a frivolidade e a pequenez dos homens, mesmo cristãos, entre a nobreza da França e da Itália. Estou convencido, porém, de que são assim porque algo faltou na educação deles. Alguma coisa não lhes foi ensinada, alguma coisa que apenas conhecem de nome e que é preciso ter contemplado: o sofrimento alheio, a fim de aprender a suportá-lo quando um dia aparecer. Esta coisa é a dor, a privação, a necessidade. É preciso que esses jovens senhores saibam o que é a fome, a sede, a nudez. É necessário que eles vejam esses miseráveis, essas crianças enfermas, crianças em lágrimas. É preciso que as vejam e as amem. Ou essa visão fará pulsar seus corações ou esta geração estará perdida. Não se deve, porém, jamais julgar morta uma jovem alma cristã. Não está morta; apenas adormecida. QUESTÕES PARA APROFUNDAMENTO

A partir da vida desses bem-aventurados e das leituras, o que é santidade?
Qual tem sido nossa atitude diante do sofrimento dos irmãos? Damos as costas ou nos inclinamos diante de seu sofrimento?
Como podemos ser santos hoje?