sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A importância das atas na SSVP

A importância das atas na SSVP
(*) Cfd. Renato Lima

Um dos setores mais importantes no seio da Sociedade de São Vicente de Paulo é a secretaria das Conferências e dos Conselhos. Na Regra, há vários artigos indicando as responsabilidades dos secretários, dentre elas há a confecção das atas para registros das reuniões ordinárias e extraordinárias, das assembléias e das Festas Regulamentares.

Uma ata bem elaborada, quer seja manuscrita ou digitada, precisa conter os seguintes elementos: precisão (efetivamente abordar o que ocorreu na reunião ou evento), abrangência (registrar todas as participações e falas dos vicentinos e convidados), poder de síntese (mencionar os atos de forma breve e resumida, sem comprometer a compreensão geral do texto), correção gramatical (texto sem erros de Português, nem na regência nem na concordância) e limpeza (redação limpa, clara, sem rasuras ou manchas, nem adendos à mão).

Se os secretários de Conferência seguirem estas diretrizes, suas atas serão sempre eficientes e, enquanto são lidas, prenderão a atenção de todos os presentes à reunião, especialmente dos aspirantes que acompanham, pela ata, o cotidiano da Sociedade de São Vicente de Paulo. A ata é a história da SSVP, e por isso deve ser tratada com carinho e zelo. A cada ano, os livros de atas devem ser adequadamente guardados nos arquivos das Conferências, e nenhum livro pode se perder. Vale lembrar que o Conselho Geral Internacional só agrega a Conferência que anexar sua ata de fundação; assim, a primeira ata de uma unidade vicentina deve ser muito bem redigida e, se possível, contar com a assessoria da Secretaria do Conselho Particular local.


Nas atas, deve-se prestar muita atenção na abertura, chamada de prólogo. Nela, devem ser grafados, repetidas vezes, a mesma redação. Vamos dar um exemplo de ata de Conferência: “Ata de número 1.274 da Conferência São João Bosco, vinculada ao Conselho Particular Nossa Senhora da Penha, Mercês, Curitiba-PR, fundada em 12 de outubro de 1973 e agregada à Sociedade de São Vicente de Paulo em 12 de março de 1977. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado!”. E a ata continua com as informações sobre o dia e local da reunião, com os nomes dos vicentinos que compareceram à mesma, e as demais partes da reunião.

Na ata de Conselho Particular, deve-se atentar para a o registro de que o referido CP é vinculado a algum Conselho Central, sendo necessário citar seu nome. Assim também deve ocorrer nos demais escalões. No relato dos Conselhos Centrais, por exemplo, a tendência é colocar tudo o que foi falado na reunião, o que pode deixar a ata extensa demais. Assim, deve-se registrar apenas os fatos mais relevantes de cada CP, deixando de mencionar eventos como missas das cinco intenções ou confraternizações com os assistidos, por serem notas dignas de registro em atas de Conselhos Particulares.

Meu recado aos secretários e secretárias de Conferências e de Conselhos: saibam que o trabalho de vocês é muito importante para a SSVP. Que maravilha é poder ler uma ata bem elaborada, sem erros de ortografia e com as informações relevantes para uma unidade vicentina! Que prazer é poder redigir uma boa ata. Parabéns a todos que se dedicam com esmero a este trabalho.
Iniciei-me na SSVP em 1986 e minha primeira função foi a de 2º Secretário da Conferência Santo Tomás de Aquino, em Campinas-SP, e desde então me entusiasmei com o labor da secretaria. Sempre procurei fazer o melhor, uma vez que o registro adequado dos fatos históricos é dever de qualquer secretário. Atualmente, sou 1º Secretário da Conferência São Francisco de Assis, e procuro redigir as atas com a mesma dedicação e ardor de quando ingressei na SSVP.

Se em sua região a confecção das atas não está dentro dos padrões de qualidade exigidos pela SSVP, peça ao coordenador da ECAFO que promova um curso prático para auxiliar os secretários. Vale a pena. Bom trabalho!

(*) Cfd. Renato Lima, 37 anos, é vicentino desde 1986. Preside o Conselho Central Divino Espírito Santo (Brasília-DF) e é coordenador da Agência de Notícias “Rede de Caridade” (www.rededecaridade.com.br).

Como batizar Conferências e Conselhos? ( Renato Lima)

Como batizar Conferências e Conselhos?
Renato Lima

Uma pergunta recorrente chega sempre ao nosso conhecimento: na hora de dar nome a uma Conferência ou Conselho, como se deve agir? Que cuidados deve-se ter no momento do “batismo” de nossas unidades vicentinas? Por que, dentro da área
territorial de certos Conselhos Centrais, repetem-se os nomes das Conferências? Está faltando criatividade no seio vicentino?
A Regra da Sociedade de São Vicente de Paulo no Brasil, em seu artigo 10, diz claramente que as Conferências distinguem-se pelo título adotado, que pode ser nome de SANTOS e SANTAS, ou INVOCAÇÃO CATÓLICA. Servos de Deus e bem-aventurados, como ainda não são santos, não podem dar nome a Conferências e Conselhos. Também há um impedimento – óbvio – de usar os nomes “Antônio Frederico Ozanam” e “São Vicente de Paulo”, em atendimento a uma recomendação do Conselho Geral Internacional (artigo 10, parágrafo segundo).


Quando vamos batizar uma Conferência com nome de santo ou santa, os problemas parecem ser reduzidos, pois a chance de erro é pequena. Afinal, a Igreja possui cerca de 1.200 canonizados à disposição de nossas unidades vicentinas. O problema que acontece é a repetição de nomes como “São José”, “São João Batista” ou ainda “Santo Antônio”. Por que não damos preferência a santos vicentinos, como Santa Joana Beretta (consócia italiana), São Francisco Regis Clet (missionário lazarista da China) ou Santa Isabel Setor (religiosa vicentina dos Estados Unidos)?

É comum vermos nomes já bastante utilizados dentro de um mesmo Conselho Central, ainda que na área de Conselhos Particulares distintos, o que deveria ser evitado. Às vezes, encontramos três ou quatro Conferências com o mesmo nome dentro da área de um Central. É importante dizer também que os pedidos de Carta de Agregação com nomes fora dos padrões normativos deverão ser recusados, devendo a unidade vicentina trocar sua nomenclatura, fazer ajustes no livro de atas e reapresentar o pedido de agregação, sem essas falhas.

Os dicionários nos ensinam que invocação é uma “ação de chamar (invocar) por alguém”. É um chamamento, um pedido, uma súplica, um ato de piedade. Ou seja, quando invocamos o nome Nossa Senhora Rainha da Paz, estamos chamando a presença de Maria no meio de nós. Portanto, invocação católica é justamente este pedido de proteção divina. Alguns exemplos de invocação católica: Sagrado Coração de Jesus, Imaculado Coração de Maria, Imaculada Conceição, Divino Espírito Santo, Santíssima Trindade, entre outros.

No caso de Maria Santíssima, a Mãe de Jesus, são invocações católicas aquelas começadas por “Nossa Senhora”. Portanto, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora da Abadia, Nossa Senhora da Esperança e Nossa Senhora da Purificação são, assim por dizer, invocações católicas. Existe uma forte repetição da invocação “Nossa Senhora Aparecida” dentro da SSVP, às vezes dentro do mesmo Conselho Central, o que deveria também ser evitado, sem cometermos nenhum desrespeito à padroeira do Brasil.

Já no caso dos Conselhos, o artigo 10 (em seu parágrafo primeiro) estabelece que estes se designam APENAS pelo nome do lugar onde funcionam, podendo este ser PRECEDIDO do nome de santo/santas ou invocação católica. Assim, estão corretos os exemplos: Conselho Central de Limeira-SP ou Conselho Central Nossa Senhora de Lourdes de Limeira-SP; Conselho Particular de Chapecó-SC ou Conselho Particular Santa Teresa de Calcutá de Chapecó-SC.
Como se percebe a partir da leitura desta crônica, não é complicado encontrar um nome para batizar as Conferências e Conselhos. Basta seguir as normas, o bom senso e ter atenção antes de se cometer um deslize, consultando vicentinos mais experientes. Depois de vários anos, é bastante constrangedor ter que mudar o nome de uma unidade vicentina, pois não foram tomados os devidos cuidados no momento de suas criações. Sugerimos que, antes de batizar uma Conferência ou Conselho, os vicentinos pesquisem nomes de santos e santas (entre eles muitos vicentinos) e de invocações católicas aceitas pela Igreja, com carinho, sem pressa e com esmero.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Bibliografia de São Vicente de Paulo

Vicente de Paulo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de São Vicente de Paulo)
São Vicente de Paulo,século XVIII, Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, Pirenópolis.
Vicente de Paulo, nascido Vincent de Paul ou Vincent Depaul, (Pouy, 24 de abril de 1581Paris, 27 de setembro de 1660) foi um sacerdote católico francês, declarado santo pelo Papa Clemente XII em 1737. Foi um dos grandes protagonistas da Reforma Católica na França do século XVII.

Índice

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[editar] Biografia

São Vicente de Paulo nasceu em uma terça-feira de Páscoa, em 24 de abril de 1581, na aldeia Pouy, sul da França. Vicente foi batizado no mesmo dia de seu nascimento. Era o terceiro filho do casal João de Paulo (Jean de Paul) e Bertranda de Moras (Bertrande de Moras), camponeses profundamente católicos. Seus seis filhos receberam o ensino religioso em casa através de Bertranda.
Desde cedo destacou-se pela notável inteligência e devoção. Fez seus primeiros estudos em Dax, onde, após 4 anos, tornou-se professor. Isto lhe permitiu concluir os estudos de teologia na Universidade de Toulouse. Foi ordenado sacerdote, aos dezenove anos, em 23 de setembro de 1600.
Ordenou-se padre e logo passou pela primeira provação: uma viúva que gostava de ouvir as suas pregações, ciente de que ele era pobre, deixou para ele sua herança - uma pequena propriedade e determinada importância em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha.
No retorno desta viagem a Marselha, em 1605, o navio em que se encontrava foi atacado por piratas turcos. Pe. Vicente sobreviveu ao ataque, mas foi feito prisioneiro. Os turcos o conduziram a Túnis, onde foi vendido como escravo para um pescador, depois para um químico; com a morte deste, foi herdado pelo sobrinho do químico, que o vendeu para um fazendeiro, um renegado, que antes era católico e, com medo da escravidão, adotara a religião muçulmana. Ele tinha três esposas: uma era turca e esta, ouvindo os cânticos do escravo, sensibilizou-se e quis saber o significado do que ele cantava. Ciente da história, ela censurou o marido por ter abandonado uma religião que para ela parecia tão bonita. O patrão de Pe.Vicente arrependeu-se e propôs a ele uma fuga para a França, que só se realizou dez meses depois, já em 1607.
Eles atravessaram o Mar Mediterrâneo em uma pequena embarcação e conseguiram chegar à costa francesa. De Aigues-Mortes foram para Avinhão, onde encontraram o Vice-Legado do Papa. Vicente voltou à condição de padre e o renegado abjurou publicamente, retornando à Igreja Católica. Vicente e o renegado ficaram vivendo com o Vice-Legado e, quando este precisou viajar a Roma, levou-os em sua companhia. Durante a estada na cidade, Pe. Vicente frequentou a universidade e se formou em Direito Canônico. E o renegado foi admitido em um mosteiro, onde se tornou monge.
O Papa precisou mandar um documento sigiloso para o Rei Henrique IV da França e Pe. Vicente foi escolhido como fiel depositário. Devido a sua presteza, o Rei Henrique IV nomeou-o Capelão da Rainha Margarida de Valois, a rainha Margot. Pe. Vicente era encarregado da distribuição de esmolas aos pobres e fazia visitas aos enfermos no hospital de caridade em nome da rainha. Após o assassinato de Henrique IV da França, em 1610, São Vicente passou um ano na Sociedade do Oratório, fundada pelo Cardeal Pierre de Bérulle. Mais tarde, padre Bérulle foi nomeado Bispo de Paris e indicou Vicente de Paulo para vigário de Clichy, subúrbio de Paris.
Vicente fundou a Confraria do Rosário e todos os dias visitava os doentes. Atendendo a um pedido de padre Berulle, partiu e foi ser o preceptor dos filhos do general das galés e residir no Palácio dos Gondi. Naquele período, a Marinha francesa estava em expansão e, para resolver o problema da mão-de-obra necessária para o remo, era costume a condenação às galés por delitos comuns. Vicente empenhou-se nesta missão, lutando por mais dignidade para estes prisioneiros, que viviam em condições sub-humanas. No trabalho em favor dos condenados às galés chegou até a se colocar no lugar de um deles para libertá-lo. As propriedades da família dos Gondi eram muito grandes e Pe. Vicente e a senhora de Gondi faziam visitas às famílias que residiam nestas propriedades. Foi assim que o Pe. Vicente percebeu como era necessária a confissão deste povo. Na missa dominical, ele fazia com o povo a confissão comunitária. Conseguiu outros padres para as confissões, pois eram muitos os que queriam esse sacramento. Pe. Vicente esteve nas terras da família Gondi por cinco anos. Foi a Paris e, mais tarde, a pedido do Pe. Berulle, voltou para a casa dos Gondi por mais oito anos.
Sua piedade heróica conferiu-lhe o cargo de Capelão Geral e Real da França. Vendo o abandono espiritual dos camponeses, fundou a Congregação da Missão, que são os Padres Lazaristas, para evangelização do "pobre povo do interior". A Congregação da Missão demorou de 1625 até 12 de janeiro de 1633 para receber a Bula do Papa Urbano VIII, reconhecendo-a.
Em 1643, Luís XIII pediu para ser assistido, em seu leito de morte, por Vicente, tendo morrido em seus braços. A seguir foi nomeado pela Regente Ana d'Áustria, de quem era o confessor, para o Conselho de Consciência (para assuntos eclesiásticos dessa Regência).[1]
Num apelo que o padre Vicente fez durante sermão em Châtillon, nasceu o movimento das Senhoras Damas da Caridade (Confraria da Caridade). A primeira irmã de caridade foi a camponesa Margarida Nasseau, que contou com a orientação de Santa Luísa de Marillac e que, mais tarde, estabeleceu a Confraria das Irmãs da Caridade, atuais Filhas da Caridade. De apenas quatro irmãs no começo, a Confraria conta, hoje, com centenas delas. Foi também ele o responsável pela organização de retiros espirituais para leigos e sacerdotes, através das famosas conferências das terças-feiras (Confraria de Caridade para homens).
Inpirado por seu amor a Deus e aos pobres, Vicente de Paulo foi o criador de muitas obras de amor e caridade. Sua vida é uma história de doação aos irmãos pobres e de amor a Deus. Existem diversas biografias suas, mas sabemos que nenhuma delas conseguirá descrever com total fidelidade o amor que tinha por seu irmãos necessitados. Muitos acham que a maior virtude de São Vicente é a caridade, mas sua humildade suplantava essa virtude. Sempre buscava o bem da Igreja. São Vicente de Paulo foi um pai dos Pobres e um reformador do clero. Basta dizer que a Conferências Vicentinas, fundadas por Antônio Frederico Ozanam e seus companheiros, em 23 de abril de 1833, foram inspiradas por ele. Espalhadas no mundo inteiro, vivem permanentemente de seus exemplos e ensinamentos.
Segundo São Francisco de Sales, Vicente de Paulo era o "padre mais santo do século". Faleceu em 27 de setembro de 1660 e foi sepultado na capela-mãe da Igreja de São Lázaro, em Paris. Foi canonizado pelo Papa Clemente XII em 16 de junho de 1737. Em 12 de maio de 1885 é declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII.

[editar] Obra

Funda sucessivamente diversas congregações:

[editar] Canonização

A sua canonização ocorreu em 16 de junho de 1737, pelo Papa Clemente XII. Em 12 de maio de 1885 foi declarado, pelo Papa Leão XIII, patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica.

[editar] O corpo incorrupto de São Vicente de Paulo

Cinquenta e dois anos após a sua morte, o corpo foi exumado pela primeira vez diante de dois médicos, autoridades da Igreja e outras testemunhas. Foi encontrado incorrupto, com sinais de deterioração apenas no nariz e nos olhos. Os médicos atestaram que esta preservação não poderia ocorrer por meios naturais. Vinte anos mais tarde, por ocasião da canonização, o corpo já estava em estado de decomposição devido a inúmeras inundações no terreno[2].
O corpo de São Vicente de Paulo, reconstituído em cera, está atualmente exposto à visitação pública na Capela de São Vicente de Paulo, na Rua de Sèvres, Métro Vaneau, em Paris. Seu coração encontra-se em um relicário na Capela Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.

[editar] Ver também

O Wikiquote possui citações de ou sobre: Vicente de Paulo

[editar] Ligações externas

[editar] Referências

  1. "Lectures pour Tous - Revue Universelle et Populaire Illustrée" 3éme Année - Número I - Outubro 1900 - Paris- Hachette & Cie
  2. Quevedo, O. Os milagres e a ciência. Edições Loyola, São Paulo, Brasil, 1998

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Mensagem do Presidente Geral - Michael Thio - para o Natal do Senhor e o Ano Novo (2011/2012

Mensagem do Presidente Geral - Michael Thio - para o Natal do Senhor e o Ano Novo (2011/2012) Imprimir
Escrito por Joelson Sotem   
Qua, 21 de Dezembro de 2011 10:49
 
Meus queridos vicentinos e vicentinas,
Que a Paz e as bênçãos de Deus acompanhem a todos!
Este é o primeiro ano em que me dirijo, a todos vocês, na qualidade de Presidente Geral, para celebrar as maravilhosas festas de Natal e de Ano-Novo.
O Natal é sempre uma ocasião especial para nós, no mundo inteiro, ainda mais para os cristãos e, em particular, para os membros da Sociedade de São Vicente de Paulo. O nascimento do Menino Jesus é uma celebração muito querida para nós, pois traz um significado muito especial.
O Natal do Senhor nos brinda de esperança e alegria na missão da salvação de Deus. A chegada de Jesus ao mundo nos proporciona a oportunidade de renovar nossas vidas, de poder experimentar e compartilhar o Amor de Cristo com nossos familiares e especialmente com os mais desprovidos e necessitados, a quem servimos fielmente, como Vicentinos e Vicentinas.
Durante este período de alegria e júbilo, damos graças a Deus pelas numerosas bênçãos que Ele nos dá. Aproveitemos esse tempo repleto de gozo para servir a todos aqueles que estão sob nosso amparo com o Amor de Jesus Cristo, brindando-lhes com esperança e contentamento nesta época de Natal.
Jamais nos esqueçamos dos numerosos pobres e necessitados que não têm nada nem ninguém. Não nos esqueçamos dessas pessoas que estão abandonadas e que sofrem de fome, que padecem de alguma doença, que passam frio ou que vivem na solidão, em especial as crianças e os idosos.
Rezemos ao Menino Jesus para que Ele manifeste sua piedade e compaixão pra aliviar a dor dos que sofrem.
Como Vicentinos, devemos seguir dando testemunho de Cristo, por meio de nossa missão e de nossa vocação, servindo a Cristo na pessoa dos mais Pobres e mais necessitados. Devemos levar alívio e mudança para a vida daqueles a quem ajudamos.
Enquanto nos comprometemos fielmente a atender ao chamado de Cristo, procuraremos oferecer um futuro melhor para todos aqueles a quem servimos.
Alegremo-nos na grandiosidade, no amor e na compaixão do Menino Jesus, ao mesmo tempo em que damos boas-vindas ao Natal, dentro de nossos corações.
Com este amor de Jesus nos nossos corações, esperamos o Ano-Novo com confiança, desejando que seja um ano repleto de realizações e de paz, para melhorar a vida de quem ajudamos, para nossas famílias e para nós próprios. Alegremo-nos, pois Jesus nasceu!
Em nome do Conselho Geral Internacional da SSVP, quero agradecer a todos vocês pelo magnífico trabalho desenvolvido neste ano ao serviço dos desamparados, e rogo a todos que continuem com estas boas ações, brindando os Pobres com alegria, esperança e amor.
Minha esposa, Rosalind, se une a mim para lhes desejar um santo e feliz Natal, assim como um Ano-Novo cheio de paz e do Divino Espírito Santo. Que Deus abençoe a todos!
Michael Thio
XV Presidente Geral da SSVP
Última atualização em Qua, 21 de Dezembro de 2011 11:05

Fonte: http://ssvpsuldeminas.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=383&catid=20&Itemid=69 



Conselho Internacional
Em face ao crescimento astronômico da SSVP - Sociedade de São Vicente de Paulo, após 3 anos da fundação da primeira conferência vicentina, 1836, fez-se necessário a criação de um "Conselho de Direção" que mais tarde, 27 de Dezembro de 1840, passou a chamar-se "Conselho Geral". Bailly permaneceu com presidente geral de 1836 até Abril de 1844, quando em má situação financeira e atormentado por toda espécie de obrigações, ele decide retirar-se da presidência desejando ardentemente ver Ozanam ocupar seu lugar.
Ozanam, entretanto, naquele momento estava assoberbado de trabalho e, além disso, precisava ocupar-se da mudança dos sogros, que desejavam mudar de Lion para Paris. Contudo, por insistência de Bailly, Ozanam aceitou o cargo de vice-presidente, deixado vacante pela partida do conde Villeneuve Bargemont. Bailly nomeou um segundo vice-presidente na pessoa de Leão Cornudet.
Le Prévost propôs o nome de Julio Gossin (1789-1855) para presidente geral. Este tomou posse no dia 25 de Julho de 1844 e ocupou o cargo até 1848. Durante seu mandato, no dia 10 de Janeiro de 1845, a Sociedade de São Vicente de Paulo obtém, por um breve do papa Gregório XVI, a consagração oficial de Roma e o benefício das indulgências tão desejadas por Ozanam. Nesta ocasião, a SSVP já somava no mundo todo mais de 9.000 membros.
No fim de 1847, razões de saúde obrigaram o presidente geral da SSVP, Júlio Gossin, a abandonar suas funções depois de um trabalho frutuoso e bem sucedido. Com efeito, durante os três anos de sua presidência, os conselhos passaram de cinco para vinte e seis, e as conferências de cento e quarenta e quatro para trezentos e sessenta e nove. A Sociedade contava com noventa e quatro conferências no estrangeiro, duas das quais na América: uma no México e outra em Quebec.
Ozanam, numa circular dirigida aos membros, com data de 25 de Novembro de 1847, fez um vibrante elogio de Gossin. Respeitando os regulamentos da obra, o Conselho Geral nomeou Adolfo Baudon(1819-1888) como presidente geral. O novo presidente não tinha mais que vinte e oito anos; era auditor no Conselho de Estado e membro da Sociedade desde 1839. Baudon presidiu o Conselho Geral da SSVP de 1848 até 1886, exercendo portanto o mandato mais longo da história deste conselho, 38 anos. Durante esse tempo, Baudon participou da Revolução Burguesa de 1848 na França, onde recebeu um tiro que o levou a amputar a perna. Nesta ocasião Ozanam assumiu interinamente a presidência do Conselho.
Galeria dos Presidentes Internacionais:
  1. Emanuel Bailly - 1836-1844
  2. Jules Gossin - 1844-1848
  3. Adolphe Baudon - 1848-1886
  4. Antonin Pagès - 1886-1903
  5. Paul Calon - 1903-1913
  6. Louis D"Hendecourt - 1913-1924
  7. Henri de Vergès - 1924-1943
  8. Jacques Zeiller - 1943-1954
  9. Pierre Chouard - 1954-1969
  10. Henri Jacob - 1969-1975
  11. Joseph Rouast - 1975-1981
  12. Amin de Tarrazi - 1981-1993
  13. César Augusto Nunes Viana - 1993-1999
  14. José Ramón Diaz Torremocha - 1999-2010
  15. Michel Thio - 2010-...
     Ada e Michel Thio.
O Conselho Geral Internacional da Sociedade de São Vicente de Paulo tem sede em Paris, cidade em que foi estabelecido desde sua origem e na qual foi fundada a primeira Conferência Vicentina (Art.1). Cabe unicamente ao Conselho Geral Internacional, após ouvir os Conselhos Nacionais, instituir novos Conselhos e agregar novas Conferências à Socieadade (Art.14).
O Conselho Geral Internacional anima e coordena as atividades da Sociedade em todo o mundo e, para os devidos fins, toma decisões julgadas indispensáveis. Cabe-lhe, ainda, assegurar a união entre todos os Conselhos da Sociedade, por meio de visitas e correspendências regulares (Art.3).

Endereço: 6, rue de Londres – 75009 PARIS –  França
Telefone: + 500 33 1 - 53 45 87 53
Fax: 500 33 1 - 42 61 72 56
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O espírito de São Vicente de Paulo

O espírito de São Vicente de Paulo


O espírito de São Vicente de Paulo
Pe. Antonino Orcajo, C. M.
 
            350 anos depois da morte de São Vicente de Paulo e de Santa Luísa de Marillac, o espírito deles está muito vivo entre nós, com expressões inegáveis de identidade. Quando tudo muda e passa (pessoas, culturas, formas, costumes e ideologias), o único invariável e permanente é o espírito. Se há algo que deve manter-se na Missão e na Caridade é o espírito que as caracteriza e distingue, por desejo expresso do Fundador, que nos deixou um exemplo a seguir.
 
            Se não fosse assim, a Missão e a Caridade deixariam de ser e atuar em vista do fim para o qual foram suscitadas pelo Espírito de Deus, que concedeu a São Vicente de Paulo o carisma de fundador. Em relação a isto, fosse qual fosse o tema sobre que estava falando, seus ensinamentos e suas experiências sobre o tema do espírito afloravam constantemente a seus lábios, testemunhando sua vida espiritual e apostólica e a vida que deve animar os Missionários e as Filhas da Caridade. Está tão plenamente convencido de que sem o espírito evangélico não se consegue nada, que poderia ter dito como São Paulo: “Quem não tem o espírito de Cristo não lhe pertence”" (Rm 8, 9).
 
            Por isso, o Irmão Bertrand Ducourneau, secretário de São Vicente, destacou, em seu tempo, a importância capital de viver o espírito que são Vicente legou, por palavras e obras. “É importante que as conferências do padre Vicente se conservem sempre na Companhia, para que, se apraz a Deus mantê-la, mostrem em todo tempo e a todas as nações, qual é o espírito deste homem apostólico, que será tanto mais apreciado quanto mais for visto como semelhante ao espírito evangélico; e esta estima, necessária aos fundadores das comunidades, contribuirá notavelmente para multiplicar e santificar a nossa” (SV XII, 447).
 
            Tal convicção foi compartilhada pelos sucessores do Fundador no governo da Congregação da Missão e da Família Vicentina. O tema mais tratado por eles foi, sem dúvida, o ponto relativo ao cultivo do espírito “fundamental” da Comunidade, pois somente assim seria verdadeira testemunha de Cristo e servidora da Igreja e dos Pobres. Apostam no santo Fundador, porque o veem sincero “quanto à prática e quanto à expressão”, como diria o citado Irmão Ducourneau.
 
O passado histórico
 
            Quando recordamos as palavras e a vida de São Vicente de Paulo, impressiona ver como ele luta para esvaziar-se de si mesmo e encher-se do Espírito de Deus e de Jesus Cristo, seu Filho, enviado ao mundo para evangelizar os Pobres. A verdade é que, quando São Vicente fala, nem sempre fica fácil saber a que espírito se refere, se ao Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade, ou ao espírito, com minúscula, cujo sentido é múltiplo e complexo: estilo ou maneira de ser, estar e atuar, vigor que fortalece, ar que oxigena, seiva regeneradora, impulso apostólico, etc.
 
            Nós de hoje preferiríamos que São Vicente se detivesse mais em explicar-nos como sentia a presença do Espírito Santo e a atração de Jesus, mas ele se limita a dizer-nos brevemente: “Quando se diz que o Espírito de Deus atua numa pessoa, isto significa que este Espírito, ao habitar nela, lhe dá as mesmas inclinações e disposições que Jesus Cristo tinha na terra e elas a fazem agir do mesmo modo, não digo que com igual perfeição, mas segundo a medida dos dons deste divino Espírito” (SV XII, 108).
 
            O que não deixa a menor dúvida é que São Vicente estabelece, ordinariamente, uma ligação estreita entre a dependência do Espírito Santo e o Espírito de Jesus. A trilogia: Jesus Cristo, evangelização e Pobres, condensa o pensamento e a experiência espiritual e pastoral de São Vicente e dá unidade às práticas e conferências feitas sobretudo aos Missionários e às Irmãs.
 
            O exemplo de Jesus, que, impulsionado pelo Espírito, ia rezar sozinho no deserto e na montanha e ia às sinagogas, onde ensinava as Escrituras e curava os doentes, movia São Vicente a agir do mesmo modo. O Espírito de Deus o levava a uma semelhança com Cristo, cujo espírito de amor e misericórdia transforma seus seguidores em apóstolos do Evangelho e em continuadores de sua missão caritativa de Salvador do mundo.
 
            Assim sendo, a dependência do Espírito Santo se traduz em São Vicente por um seguimento de Jesus Cristo missionário, acessível, sensível, humilde, manso, dono de si e cheio de zelo pela glória do Pai e pela salvação do povo. Tais virtudes apostólicas constituem sua identidade e devem ser a característica própria e fundamental de suas Congregações. Comentando por exemplo, a humildade, diz que ela é nosso “selo” e nossa “senha”: “Peçamos ao Senhor que, quando nos perguntem por nossa condição, nos permita dizer: é a humildade. Que seja esta a nossa virtude. Se alguém perguntar: 'Quem vem lá?' [possamos responder:] 'A humildade'. Que seja esta a nossa palavra de ordem” (SV XII, 206). Pronunciava palavras iguais ou parecidas, ao referir-se às demais virtudes que constituem o espírito da Missão e da Caridade, comparadas às potências da alma, que dinamizam o exercício da caridade.
 
            A fórmula paulina, “revestir-se do Espírito de Cristo” aparece frequentemente no Fundador, que expressou manifestamente sua necessidade e urgência, desde que tomou contato com o “pobre povo”. Colocou isso no prólogo das Regras Comuns da Congregação da Missão: “chamados a continuar a missão do mesmo Cristo (que consiste principalmente em evangelizar os Pobres), devem encher-se dos sentimentos e afetos e até do mesmo Espírito de Cristo e seguir suas pegadas”.
 
            Se os bens colhidos para a Igreja e os Pobres por aqueles que procuram deixar-se penetrar pelo espírito missionário são incalculáveis, não acontece o mesmo com os que resistem ao Espírito de Deus, pois, ao fechar-se à sua ação santificadora e apostólica, ficam reduzidos a matéria amorfa, a “cristãos em pintura”, a “cadáveres ambulantes”, a “corpos sem alma”, a “ramos secos” e a “fantasmas de missionários”, comparações que revelam, de um lado, a indigência de quantos não apóiam a missão do espírito e, de outro, a urgência de revestir se do Espírito de Jesus Cristo evangelizador, para continuar sua obra de salvação pelo amor.
 
            Valha o seguinte exemplo: ao expor o tema da caridade e descer aos pormenores da solidariedade com os que sofrem, São Vicente nos faz participantes de seus sentimentos mais profundos: “Ser cristão e ver seu irmão na aflição, sem chorar com ele nem sentir-se mal junto com ele?! Isso é não ter caridade; é ser um cristão só pintado; é não ter humanidade; é ser pior que os animais” (SV XII, 271).
 
            De toda forma, se São Vicente nem sempre esclarece a diferença entre a obediência ao Espírito Santo e o chamado a seguir as pegadas de Jesus compassivo e misericordioso, o contexto e o objetivo de sua intervenção ajudam a compreender o sentido do termo em questão. A vida que levou desde sua "conversão" e o seu ensino sobre o espírito dependem do carisma que ele recebeu em vista da extensão do Reino de Deus e de que devem participar seus discípulos, evangelizando com palavras e obras. Não nos esqueçamos de que o carisma de fundador fica reforçado, em seu caso, pelo carisma do fundador: a caridade.
 
            Um dado nos confirma nesta afirmação: a vitalidade das obras apostólicas, das missões e dos diversos serviços aos Pobres, demonstra o zelo apostólico que consumia por dentro São Vicente e também seus primeiros discípulos, verdadeiros heróis na luta contra o mal. Não existe outra explicação que nos leve à mesma conclusão, mesmo que tratemos de prová-la com argumentos que reforcem o comportamento e o feito histórico de nossos antepassados.
 
            Lembremo-nos de que o Fundador pretendia que seus companheiros se enchessem de Cristo e que, para isso, deveriam viver sua condição de cristãos, recebida no batismo, porque este motivo: “Todos os batizados estão revestidos de seu Espírito, mas nem todos realizam as suas obras. Cada um tem que tender, por conseguinte, a conformar-se com Nosso Senhor..., a ligar-se com o afeto e na prática aos exemplos do Filho de Deus, que se fez homem como nós, para que sejamos não apenas salvos, mas também salvadores como ele” (SV XII, 113). Pois era para isso que tinham entrado na Comunidade: para serem bons cristãos e seguidores de Cristo.
 
            Às Filhas da Caridade lhes diz expressamente: “Se as senhoras são fiéis na prática desta forma de viver, todas serão boas cristãs. Não lhes estaria dizendo mais que isso, se dissesse que as senhoras seriam boas religiosas. Por que motivo se fizeram religiosos e religiosas senão para serem bons cristãos e boas cristãs?” (SV IX, 127). Que prática era essa? Não outra senão o exercício do amor afetivo e efetivo aos pobres e necessitados, amor derramado em nossos corações pela água e pelo Espírito.
 
            Trata-se, pois, de pôr em prática as exigências batismais, já que “a graça que recebemos pelo batismo nos dá o desejo [da virtude]. Sim, o espírito de Nosso Senhor dá a mesma inclinação para a virtude como a natureza dá para o vício” (SV XII, 197-198). E também: “O estado dos missionários é um estado apostólico, que consiste, como os apóstolos, em deixar e abandonar tudo para seguirmos Jesus Cristo e tornar-nos verdadeiros cristãos” (SV XI, 163).
 
            Por conseguinte, não se pode romper na prática o laço de união entre a docilidade ao Espírito e o seguimento de Jesus Cristo, cuja proximidade e bondade resplandece no Evangelho e no ensino dos apóstolos. A proximidade de Cristo em relação ao povo e a confiança que inspirava aos pobres de corpo e alma fazia que se aproximassem dele. E ele, cheio de misericórdia, se compadecia e operava sinais e milagres, perdoando os pecados e restituindo a saúde aos doentes.
 
            Como conclusão desta parte, podemos assegurar: o “ser em Cristo” pode entender-se como “ser no Espírito”. Essa é a questão chave para decifrar a qualidade da vida espiritual e apostólica de São Vicente, que costumava comentar: “Entremos em seu espírito [de Jesus] para agir como ele. Não basta fazer o bem, é preciso fazê-lo bem feito” (SV XII, 179), de acordo com o referido pelo evangelista: “fez tudo bem” (Mc 7,37).
 
O presente
 
            Quem ignora que o ambiente que nos circunda na atualidade contamina e ameaça o espírito genuíno da Missão e da Caridade? Por isso temos que estar em guarda contra o perigo presente, para não decair no espírito legado pelo Fundador: a cada época correspondem seus ciclos de fluxos e refluxos, de avanços e retrocessos.
 
            São Vicente tratou de remediar oportunamente as calamidades que afligiam a Igreja e a sociedade de seu tempo, ao mesmo tempo em que prevenia suas Congregações contra os riscos que poderiam acabar com os projetos da Missão e da Caridade, se não se opusessem às correntes em moda, promovidas pela tendência às novidades. E era no cultivo do espírito evangélico que se centrava seu receituário espiritual e pastoral.
 
            O consumismo e o hedonismo de nosso tempo não deixam de ser uma prova constante para os que optaram por um seguimento mais radical de Jesus, o que supõe matar o egoísmo, origem de todo mal e das contendas entre irmãos. O cansaço, a indolência e a falta de fidelidade à palavra dada estão hoje na ordem do dia, por falta de perseverança e por excesso de obstáculos contrários à liberdade dos filhos de Deus, cuja primeira vocação é tender, com afinco, à santidade.
 
            Não obstante, São Vicente tem em mente uma palavra de São Paulo, embora não a mencione expressamente: “Se se vivemos pelo Espírito, caminhemos também sob o impulso do Espírito” (Gl 5, 25). Não importam as contrariedades que sobrevenham, por que nada será capaz de nos separar do amor de Cristo e de nos impedir de saborear os frutos do seu santo Espírito: a alegria, o gosto pelo serviço, a amabilidade, o domínio de si. Isso pode parecer estranho aos olhos de quem é escravo de si mesmo e das aparências deste mundo que passa, mas a experiência demonstra que ninguém é mais feliz e livre, eficiente e convincente, que o missionário que dá sua vida por amor, impulsionado pelo Espírito de Jesus Cristo.
 
            Para citar só um documento pontifício contemporâneo, valha o juízo que o papa Paulo VI emitiu na exortação apostólica Evangelii Nuntiandi: “O mundo inteiro espera de nós simplicidade de vida, espírito de oração, caridade para com todos, especialmente para com os pequenos e os pobres, humildade e obediência, desapego de nós mesmos e renúncia. Sem esta marca de santidade, nossa palavra dificilmente abrirá uma brecha no coração das pessoas de nosso tempo. Arrisca-se a tornar-se vã e infecunda” (n. 76).
 
            Já são Vicente se tinha adiantado em dizer-nos: “Façamos o que quisermos, jamais acreditarão em nós, se não testemunharmos amor e compaixão por aqueles que queremos que acreditem em nós” (SV I, 320).
 
            A distância de anos e séculos que nos separam do grande santo da caridade não é motivo nem obstáculo para não participarmos de seu carisma e de seu espírito de amor, já que a fonte da graça é inesgotável e não acaba no tempo nem no espaço. É responsabilidade de todo discípulo de São Vicente não deixar apagar-se o fogo do amor, mas entregar a tocha do zelo apostólico às gerações futuras, para o bem da Igreja e dos Pobres. Está fora de dúvida que o futuro da Família Vicentina depende do cultivo do espírito com que nasceu e para o qual nasceu, vivendo na adesão à pessoa de Jesus evangelizador dos Pobres, fonte de alegria e de dinamismo apostólico.
 
Questões para a reflexão pessoal e comunitária
 
1. Conheço a fundo o espírito de São Vicente de Paulo ou o reduzo a uma simples informação sem compromisso moral nem pastoral na Igreja e no mundo?
2. Em que razões me apóio para justificar o esforço pessoal e comunitário para recuperar, se foi perdido, ou manter o espírito genuíno da Congregação?
3. Um Missionário pode separar, na prática, a docilidade ao Espírito Santo e o revestir-se de Cristo, simples, humilde e cheio de zelo pela glória do Pai e pela extensão do Reino? Não se vive tudo isso ao mesmo tempo?
4. É necessário recordar hoje aos Missionários que, se querem ser tais, primeiro devem ser educados e bons cristãos, fiéis às promessas e aos compromissos do batismo, para que nada contradiga o nome que levam?
5. Como exprimo, com palavras e fatos da vida, que o ter ou não ter o espírito evangélico é questão de vida ou morte para a Comunidade e para cada um de nós?
 
Reflexão porAntonino Orcajo, C.M., Província do Madrid
Tradução por Lauro Palú, CM, Província do Rio de Janeiro
 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

ATRIBUIÇÕES E ENCARGOS DOS CONFRADES PRESIDENTES

PRESIDENTE
Função  Atribuição
 a) Zelar pelo bom funcionamento do seu grupo de caridade;

 b) Presidir com simplicidade, fraternidade e espiritualidade as reuniões da Conferência;
c) Assistir fraternalmente cada Confrade/Consócia na ação vicentina, prestando-lhe ajuda e incentivo;
d) Estabelecer e assegurar a indispensável união com o Conselho a que estiver vinculado, com as demais Conferências, com as entidades e as Obras Unidas, trabalhando sempre em colaboração; e) Providenciar o pedido de agregação de sua Conferência, de acordo com as instruções estabelecidas, encaminhando-o ao Conselho, ao qual estiver vinculada;
 f) Cuidar para que o Regulamento da SSVP seja rigorosamente cumprido;
 g) Nomear, após consulta, os membros da diretoria, que podem ser substituídos a qualquer tempo, a critério do Presidente em exercício;
h) Designar outros membros da Conferência para serem encarregados de serviços especiais, quando necessário e por tempo determinado;
i) Comparecer às reuniões do Conselho Particular, na qualidade de membro nato, ou designar representante, quando estiver impedido de comparecer;
 j) Recomendar, a cada novo membro da Conferência, que ingresse na "Escola de Capacitação Antônio Frederico Ozanam";
k)  Promover a celebração da Santa Missa das 5 (cinco) intenções, se possível, no aniversário da conferência, aproveitando da oportunidade para difundir a SSVP, e convidar pessoas a participar; Participar e fazer com que todos os membros da Conferência participem das 3 (três) grandes festas anuais dos vicentinos:
A) Bem-aventurado Antônio Frederico Ozanam e da fundação da Sociedade de São Vicente de
B) São Vicente de Paulo (23-04), quando será renovado o compromisso vicentino;
de São Vicente de Paulo (27-09);
C) da Imaculada Conceição (08-12);
l) Promover a celebração da Santa Missa das 5 (cinco) intenções, se possível, no aniversário da conferência, aproveitando da oportunidade para difundir a SSVP, e convidar pessoas a participar m) Assinar a correspondência ou delegar aos Secretários para que assinem; n) Vistoriar os documentos de "caixa"; o) Proclamar os confrades e consócias; p) Afastar, ouvidos os membros da Conferência, o membro ativo que, pela sua conduta, seja motivo de escândalo ou tenha atentado contra os princípios estabelecidos no Regulamento da SSVP. q) Participar de todas as reuniões ordinárias, extraordinárias e festas regulamentares do conselho a que estiver subordinado, ou se fazer representar por um de seus vice; r) Manter sob controle o patrimônio mobiliário e/ou imobiliário das Conferências.
Fonte : http://www.ccic.vilabol.uol.com.br/manualpresidente.PDF

ATRIBUIÇÕES E ENCARGOS DOS CONFRADES